Lembro que quando
2016 iniciou eu ainda estava no período de 2015.2, não conseguia nem relaxar
direito. Comecei meu primeiro dia pensando nas matérias que deveria estar
estudando e resolvi começar o ano estudando; exatamente isso, no 1° dia do ano,
quando minha família foi dormir, eu liguei o notebook e assim foi minha
primeira madrugada de estudo em 2016. Eu estava cansada, queria que 2015.2
terminasse logo, queria que 2016.1 começasse... Queria me formar! Estes eram os
pensamentos que mais circulavam em minha mente no início de 2016.
No final de
dezembro de 2015 eu resolvi fazer minha inscrição para um projeto missionário
do Alfa e Ômega ELO, não tinha a menor ideia de como seria, não criei muitas
expectativas; apenas tinha me inscrito porque Deus estava me direcionando para
isso e de certa forma eu queria ir junto com uma amiga para motivá-la também.
Então, quando 2016 começou eu ainda não estava pensando muito nesse projeto e
nem no levantamento dos recursos financeiros necessários.
Quando janeiro de
2016 começou, com ele chegaram também as últimas provas e apresentações de
2015.2... Percebi como eu estava cansada, esgotada, saturada mesmo. Meu
aproveitamento não foi dos melhores, muito pelo contrário! Fiquei chateada
comigo mesmo, mas pra minha sorte Deus é bom e nos conhece melhor do que nós
mesmos.
Aquele projeto
missionário que eu nem sabia direito porque Deus estava me direcionando a ir,
aconteceu em fevereiro de 2016; então, pouco depois do período de 2015.2 findar,
eu estava viajando rumo a Jequié, na Bahia, onde aconteceu esse projeto. Essa
viagem veio como uma válvula de escape, um alívio de toda aquela pressão que eu
havia colocado em mim mesma... Em Jequié Deus me mostrou claramente como eu
tendo a ficar presa em minhas preocupações, nas coisas pequenas e efêmeras.
Durante os dez dias
em que estive em Jequié, diariamente, eu perguntava para Deus o porquê de estar
ali; sabia que não era apenas para eu descansar um pouco... Mas Deus nos
convida a andar com Ele pela fé, a ir, e enquanto vamos Ele vai nos mostrando a
Sua vontade, sem pressa, no tempo Dele. No último dia na UESB, universidade na
qual o projeto fora realizado, posso dizer que a “ficha caiu”; entendi o
significado de estar ali e a importância que aqueles dias teriam na minha vida.
Deus realmente é incrível!
Voltando de
Jequié, cheguei ao Rio e o período de 2016.1 estava perto de começar; estava
muito feliz e meio preocupada... Seria meu último período na UERJ. E pouco
tempo depois de 2016.1 começar a UERJ entrou em mais uma greve, que durou mais de 5
meses! Minha colação de grau (simbólica) já estava agendada e em março foi
realizada, foi um momento ímpar, daqueles momentos em que passa um filme na
nossa mente e eu estava muito feliz por tudo que tinha vivido até ali, apesar
dos pesares.
Durante algum
tempo, mesmo com a greve, eu continuei tendo aula; mas chegou um momento que
não deu mesmo para continuar, a UERJ estava insalubre e perigosa. E Deus,
novamente, mostrou que Ele pode transformar momentos ruins em bons... Fizemos
um projeto evangelístico na UERJ durante a greve; na verdade, só nos juntamos
ao que Deus já estava fazendo. Foi uma linda semana, tivemos momentos de
edificação, comunhão, compartilhamos Cristo e até hoje eu vejo frutos desse
projeto.
O projeto de greve terminou, mas a greve ainda
continuou por um tempo… Conforme os meses iam passando eu me recordava, e com certo
saudosismo, dos momentos e pessoas com as quais havia estado diariamente
durante o projeto na UERJ e lembrava ainda das pessoas que havia conhecido em
Jequié. Senti-me grata por isso, pois nesses detalhes percebi o cuidado de Deus
e como Ele estava me presenteando com belos momentos e belas amizades. Acho que
esses muitos meses de greve me deixaram mais melancólica. rs
Em julho aconteceu o Encontro de
Universitários Cristãos, EUC. E “euc não perdi”! Dei um pulo em volta Redonda,
onde o EUC aconteceu, e lá estava bem frio, vivendo no Rio nem sei direito o
que é isso. Durante os dias do EUC tive bons momentos de comunhão e Deus
confirmou em meu coração o ministério para o qual Ele tem me chamado… e olha
que ainda o estou descobrindo, aos poucos, de passo em passo, no tempo Dele.
Morando no Rio acho que não tem como falar da
retrospectiva de 2016 sem mencionar as olimpíadas. Havia um sentimento misto em
mim, estava feliz em ver minha cidade sediando um evento tão importante,
ficando ainda mais bela para receber os visitantes. Mas quando me lembrava dos
terceirizados, dos professores, de como estavam (e ainda estão) os hospitais,
das greves e ocupações nas escolas e universidades; não achava muito justo me
alegrar. Parecia que estavam apenas maquiando meu Estado e depois que as
olimpíadas acabassem, iriam tirar essa maquiagem e as imperfeições
continuariam…
Mas, apesar dos contras, preferi olhar mais para
os pós. Tínhamos brasileiros em muitas modalidades, algumas que eu nem sabia
que existiam… Não poderia ficar apática a isso, precisava vibrar, torcer,
comemorar. Tivemos conquistas, superações, vitórias marcantes. E não digo isso
só pelas olimpíadas até porque a paraolimpíada foi uma verdadeira festa, um
show! Não posso dizer que aproveitei ao máximo esse período único no meu Estado
até porque logo, logo eu voltaria a ter aula e precisa me concentrar nisso;
contudo fiquei feliz em poder participar um pouco deste momento.
Um pouco antes de
começar as olímpiadas a greve acabou e logo depois começou um recesso devido as
olímpiadas (Vai entender?)... No final de agosto eu voltei para aquela
adrenalina básica de um estudante universitário, não vou me prender aqui
falando sobre a conclusão em si desse último período, pois já o fiz em um texto
aqui publicado anteriormente (vide: Não foi de
repente, mas me formei). Mas vale apena ressaltar que aquele período
de 2016.1 foi um longo período e só terminou mesmo no final de dezembro,
pertinho do Natal. E desta vez, depois de muitos anos, eu não terminei meu ano
preocupada com as aulas que começariam em janeiro... Não fiquei estudando na
madrugada, eu simplesmente dormi!
2016 foi um
grande ano, com momentos bons e ruins, e, principalmente, foi um ano de
crescimento e aprendizado. Estou muito grata a Deus por tudo que pude viver
esse ano que se findou, por tudo que eu nem havia planejado, pelas pessoas que
eu conheci, pelos amigos que eu fiz. Esse ano foi massa! (Hahahaha)
Estou
colocando aqui dois “prints” da tela do meu celular, um do primeiro dia de 2016
e outro do primeiro dia de 2017. Em 2016 meu desejo era me formar, por isso no
meu protetor de tela eu estava com a blusa da formatura. Em 2017 já estou
formada, essa foto foi no dia da minha colação, e meu desejo é estar mais perto
da minha família e dos meus amigos este ano.
De tudo que tenho
vivido só consigo imaginar que 2017 será surpreendente! Deus tem cuidado de mim
nos mínimos detalhes e tem me mostrado que os planos Dele são mais altos do que
o meu. E eu quero viver os planos Dele pra mim; sei que serão desafiadores, mas
também sei que serão incríveis e gratificantes.
2017 já começou... E aí o que farás de novo neste ano novo?
Feliz Ano Novo!
Caso queira saber mais sobre o projeto Jequié você pode ler esse texto: Jequié - Diário de bordo simplificado e sobre o projeto de greve na UERJ nesses versos (Projeto na greve) eu falo um pouco do que vivemos.
Caso queira saber mais sobre o projeto Jequié você pode ler esse texto: Jequié - Diário de bordo simplificado e sobre o projeto de greve na UERJ nesses versos (Projeto na greve) eu falo um pouco do que vivemos.