domingo, 31 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017

Acho que quase todo mundo no final de ano tem aquele momento de reflexões e eu, normalmente, tento escrever como foi meu ano... Dessa vez, quando dezembro começou, eu fiquei em dúvida se realmente queria escrever sobre 2017, mas cá estou. 


Primeiro vou citar os principais fatos que ocorreram esse ano: 22 de janeiro, colação de grau, oficialmente engenheira química; 21 de fevereiro, viajei para Curitiba, onde fiquei durante o carnaval junto com duas amigas; 23 de março, minha mãe faleceu; 8 abril, meu pai foi internado e eu fiquei quase internada também, como acompanhante; 23 de abril, meu cachorro morreu; 24 de abril, recebi um e-mail confirmando minha aceitação em um projeto missionário que acontecerá na França, no mesmo dia, no final da noite, soube que meu pai havia falecido; 27 de agosto, fui consagrada como missionária; 17 de setembro, o projeto para França, que iria acontecer em outubro, foi adiado para março; e no dia 1º de dezembro, meu gato morreu.  


Esse certamente foi o ano em que mais chorei... Quando eu penso nesses acontecimentos por si só, parece que meu ano não teve assim um saldo muito positivo, né?  


Quando eu escrevia minha retrospectiva de 2016, no final do texto, escrevi a seguinte frase: “De tudo que tenho vivido só consigo imaginar que 2017 será surpreendente!” (Link: 2016 -> 2017 - Retrospectiva). Lembro que enquanto escrevia essa frase, pensava nos desafios que iam vir, eu não tinha menor ideia do que iria acontecer em 2017, mas já estava me preparando para um ano hard.  


É interessante que no final de 2016 eu estive refletindo muito sobre a brevidade de nossa vida aqui, veja esse trecho: “A verdade é que a nossa vida é como um sopro, temos em nós um sopro de vida e a cada dia é como se ele diminuísse e nossos dias também. Somos frágeis e passageiros, pelo menos, neste mundo.” (Link do texto: Fragilidade). Eu lembrei muito desse texto quando meus pais faleceram, principalmente porque a primeira causa da morte que está no atestado de óbito de ambos é justamente “parada respiratória”. De fato o sopro de vida deles havia terminado...  


Um pouco depois que meu pai faleceu eu recebi uma mensagem que continha o seguinte trecho: “Você não sabe a quantidade de pessoas que estão orando por você e compartilhando a sua dor! Vários irmãos da minha igreja te incluíram em oração e o pessoal da Cru nem se fala... Minha irmã, sua dor também é nossa”. Muitas pessoas estavam orando por mim, compartilhando um pouco da minha dor e de certa forma me fortalecendo. E sou muito grata por isso, posso dizer que vi aquele verso “chorar com os que choram” sendo vivido e não apenas sendo recitado.  


Eu posso resumir esse ano de 2017 como um ano muito louco! Eu tive várias “Dr’s” com Deus e é incrível como o Espírito Santo realmente nos conforta nos momentos mais difíceis. Eu tive momentos em que não conseguia colocar em palavras o que estava sentindo e/ou pensando, era muita informação em um curto espaço de tempo... Ficava em silêncio e acreditando que o Espírito Santo estava traduzindo pra Deus o significado de minhas lágrimas. Em alguns momentos eu só queria sentir aquela dor mesmo, eu não queria ser logo consolada pelo Espírito Santo e eu até cheguei a falar isso pra Deus (hahaha).  


Como mencionei, eu estava me preparando para um ano hard; afinal, eu decidi que esse ano não iria começar uma pós, não iria procurar um emprego, iria passar mais tempo com a minha família, estudar francês e iria buscar em Deus uma direção pra seguir em 2018, pois entendo que fazer a vontade Dele é primordial. Alguns dos acontecimentos imprevisíveis que surgiram só aumentaram os desafios desse ano e, certamente, esse meu ano sabático foi tudo, menos um ano de descanso mental (hahaha). E talvez a decisão de fazer “nada” esse ano que, aparentemente, seria um tempo para eu descansar tenha sido algo necessário para que eu não surtasse e pudesse estar de fato sendo útil pra minha família conforme foi sendo necessário. Deus sempre cuida de nós nos mínimos detalhes!  


Agora vou falar um pouco sobre o saldo desse ano... 

 

Nós, normalmente, analisamos um fato sobre a nossa perspectiva limitada, assim como temos o costume de quantificar a vida em números de anos vividos. Pra mim, a vida se resume muito mais aos momentos compartilhados do que ao “tempo” vivido. Eu vivi 25 anos com meus pais e eu trago comigo lembranças de MUITOS momentos, a morte só leva a presença física, o restante continua aqui, presente em casa, nas fotos, nas recordações, presente, principalmente, em mim e em quem sou.  


Eu sempre soube que um dia meus pais iriam morrer, mas se dependesse de mim, eu sempre iria adiar esse dia... Eu não queria fazer tudo diferente ou poder acrescentar algo. Na verdade, a ideia era só continuar como éramos, vivendo novos momentos diariamente. Deus permitiu que meus pais me formassem engenheira química (e eles nem o ensino médio terminaram), Deus permitiu que eu estivesse com a minha mãe no seu último dia de vida aqui, Deus permitiu que eu passasse alguns dias no hospital cuidando de meu pai antes que ele falecesse... é verdade que Deus permitiu também que meus pais morressem, mas Ele tem me permitido viver muito mais momentos para agradecer do que momentos que me aprisionem em dores.  


Uma das frases que eu mais ouvi esse ano foi: “Barbara, você é uma pessoa muito forte” e, de verdade, não é assim que eu me vejo. Esse ano foi o ano em que eu mais me senti fraca e limitada; mas é como Paulo disse: “Porque quando estou fraco, então é que sou forte”. Eu reconheço minha total dependência de Deus, eu não sou forte em mim mesma, mas sei que é Ele quem tem me fortalecido. Eu passei por momentos bem difíceis esse ano, mas percebi que outras pessoas, alguns amigos também estão passando por momentos difíceis e não é sadio mantermos o nosso foco na dor ou supervalorizá-la; sei que Deus não nos permite passar por nada que não possamos suportar. Nem sempre vamos poder mudar a situação, então, é preferível manter na memória o que pode nos dar esperança! 


Esse ano eu tive vários sentimentos em função dos diferentes momentos que vivi; fiquei muito feliz, alegre, triste, saudosa, com incertezas, raiva, senti-me limitada, inquieta, frustrada... e grata. Vale ressaltar que em nenhum momento eu me senti só. Eu pude ver claramente o cuidado de Deus comigo, principalmente através de amigos. É interessante que nesse turbilhão de acontecimentos, praticamente, todos fora do meu controle, ficou mais claro pra mim a suficiência de Deus na minha vida, pois é Nele que sou completa... todas as demais coisas são efêmeras, inclusive a dor.  


Posso dizer que o saldo desse ano é diretamente proporcional a moldagem que Deus tem feito em mim e creio que trabalhamos todas as qualidades do fruto do Espírito, então, o saldo deve estar bem elevado (hahaha).  Não foi um ano fácil, não mesmo, mas continuo de pé! Eu tenho visto Deus agindo, Ele tem me sustentado em tudo. Sei que pouco sei do que virá em 2018, mas tenho certeza que Deus continuará estando comigo e por isso sigo confiante. 


Já posso adiantar um spoiler de 2018, em março estarei viajando pra França em um projeto missionário, já até paguei o projeto (tudo provisão de Deus!), agora só faltam as passagens... O restante do que farei em 2018 são cenas ainda inéditas pra mim, sigo vivendo um dia de cada vez com a certeza de que Deus tem caminhos mais altos do que os meus! 


É isso! Au revoir, 2017 ;) 

Bonne Année!


Por fim, deixo essa música aqui, pois só pensava nesse trecho, enquanto escrevia este texto: 
"Tu és um bom, bom pai
É quem tu és, é quem tu és, é quem tu és
Eu sou amado por ti"


quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Chega de viver à beira do oceano

Ele me convida para eu me lançar em Seu oceano, 

Mas eu não sei nadar... 


Ele está lá 

E está me dizendo que não vai me deixar só. 

Mas ainda assim, 

Eu tenho medo de me jogar. 


E mesmo sem querer admitir, 

Esse medo me mostra que ainda não confio plenamente Nele. 

Pois ao me lançar em Seu oceano, 

Sei que estarei totalmente dependente Dele 

E isso ainda me assusta um pouco... 


Contudo eu sei que continuar aqui, 

De longe, 

Apenas observando o oceano… 

É me limitar pelo que vejo em mim 

E não pelo que Ele diz que sou. 


Eu quero me jogar, 

Mas meu medo estraga, 

Pois me faz duvidar. 


Minha mente até tenta adaptar as coisas 

De forma que eu esteja no Seu oceano, 

Mas ao mesmo tempo 

Sem grandes possibilidades de me afogar. 


Sim, 

Eu tenho tentado traçar passos “seguros”. 

Saindo do meu comodismo, 

Mas não totalmente. 

E não tem dado certo... 

Eu continuo à beira de Seu oceano. 


Pensei muitas coisas 

E sempre voltava a pensar, 

Pensei, pensei e pensei novamente 

Até entender que o mais seguro mesmo é simplesmente crer. 

É Ele quem vai me garantir. 


Chega de viver à beira do oceano! 


Hoje estou à beira do oceano, 

Mas não foi aqui que tudo começou... 

Há alguns anos eu tenho dado passos de fé. 

E a cada passo eu conheço mais de mim 

E também O conheço melhor...   


Apesar de ainda ter momentos de “medo”, 

Eu sei em Quem tenho crido. 

É que cada etapa é diferente da anterior 

E o desafio torna-se ainda maior! 

Talvez, seja por isso que não podemos pular etapas. 

É um passo de cada vez e assim, aos poucos, 

Vamos conhecendo mais sobre a nossa própria jornada aqui. 


Eu continuo sem saber nadar... 

Mas sei que Ele sempre sabe o que faz. 

E Ele nunca me deixou ou me decepcionou. 

Se Ele está nos convidando para algo, 

Certamente, é Ele também que vai nos garantir!  

Partiu se lançar de vez na vontade de Deus?



segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Eis-me aqui

Um dia lendo aquele versículo na Bíblia que diz: “Como ouvirão se não há quem pregue?” eu imitei Isaías e disse: “eis-me aqui”... Eu tinha uns 13 anos na época e mesmo falando com sinceridade eu não sabia como aquelas palavras iriam influenciar minha caminhada com Deus.

Os anos foram passando e constantemente essas palavras voltavam em minha lembrança. Eu percebi que não poderia fazer minhas escolhas só por fazer, pois eu tenho um Senhor e é Ele que eu quero agradar. Eu entendi que não vivo pra mim mesma...

Eu não tenho riquezas, nem tenho resposta para todas as possíveis indagações e ainda sou cheia falhas… Sou tão limitada que acho incrível Deus confiar algo a mim. Que responsabilidade, né? E fui eu que disse “eis-me aqui” (Que ousada! hahaha) e quer saber? Foi a melhor decisão que tive!

Eu tenho Cristo, Ele é suficiente e estou caminhando pra vida eterna ao Seu lado. Realmente eu sou muito limitada, mas a proposta é que eu viva confiando no poder do Espírito Santo e não no meu. Ufa! Nele eu posso todas as coisas. Mesmo eu tendo dito eis-me aqui pra Deus, na verdade quem faz a parte pesada é Ele, eu sou apenas uma serva. É fácil viver pela fé? Não, não mesmo! Mas é a aventura mais incrível e gratificante que podemos ter na vida.

A nossa vontade pode parecer boa e agradável aos nossos olhos, mas está longe de ser perfeita; agora quando seguimos a vontade de Deus experimentamos o que é bom, perfeito e agradável. Investimos em algo eterno. É isso que eu quero viver! 

E você, quer viver só na parte rasa ou vai mergulhar na vontade de Deus pra sua vida?


Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: "Como são belos os pés dos que anunciam boas novas!”
(Romanos 10: 14 e 15)

Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: "Quem enviarei? Quem irá por nós?" E eu respondi: "Eis-me aqui. Envia-me!”
(Isaías 6:8)
 

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Caminhando, indo, crescendo...

Deus é o Senhor,
Nós somos os servos.
Ele, em Cristo, fez-se servo
Para nos ensinar, sendo o exemplo.  


Pois o Bom Mestre não diz apenas: “faz”! 

Fazendo,

Ele nos ensinou como fazer. 

Somos discípulos
Ainda na fase do aprendizado… 


Nosso foco não está no que vamos viver,
Mas no que estamos vivendo hoje.
O caminho é essencial no aprendizado,
Em cada etapa somos transformados,
A cada dia somos moldados, podados.  


Não existe nova criatura sem mudança, 

Não existe crescimento sem mudança.
Mudar, crescer, transformar…
É um processo contínuo e necessário.   


Ser podado é meio dolorido,
Mas é preciso para um bom crescimento
E para darmos fruto.  

Estamos enxertados na Videira Verdadeira, 

Sozinhos nada fazemos. 


Voltemos ao início…
Ele continua sendo Deus, o Senhor.
Ele não mudou e não mudará. 

Somos nós que precisamos ser moldados
Para estarmos no centro de Sua vontade.  


Somos amigos de Cristo

Mas também continuamos servos,
Nosso ofício é servir.
Sim, servir.
E da melhor forma que nos for possível. 


Com um coração disposto, 

Movidos por gratidão
E guiados pelo amor.
O mesmo amor que um dia mudou a nossa mente
E até hoje está a nos transformar. 


Mostrar a outra face
(Quase) sempre será difícil,
Mas se não for pra ser “diferente”
Pra que seguimos Cristo? 


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Ainda nos falta uma coisa

Se você é missionário você precisa passar fome, frio, sofrer por Cristo... Quem nunca ouviu essas frases? Essas afirmativas tendenciosas me soam um tanto quanto mentirosas... 


O chamado missionário é pra viver em comunidade, igual a todos de sua comunidade. O missionário não tem que ser o único a passar fome em um lugar de fartura e de igual modo o missionário não será rico vivendo em uma região de pobreza, materialmente falando, o missionário é igual a todos os demais e por isso está propenso as mesma dificuldades locais. A luta do cristão nunca foi no campo material e por isso a igreja precisa estar junto do missionário; a batalha espiritual é muito desgastante, não podemos deixar um missionário lutando sozinho e não podemos também acrescentar “lutas extras” por não fornecermos apoio como igreja. 


O missionário não precisa passar fome, frio, ficar doente, dentre outras coisas... mas precisa estar disposto a passar por situações difíceis, se preciso for, para que o nome de Cristo em tudo seja sempre engrandecido. Na verdade, isso nem é um privilégio do missionário, apesar de no mesmo isso ser mais evidenciado; buscar em primeiro lugar o Reino de Deus implica em renúncias e isso é necessário para todo cristão. 


Somos a noiva de Cristo e como tal precisamos estar prontos para viver aqueles votos que são feitos em casamentos…. Na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza e em todos os dias de minha vida. Todo cristão é igualmente noiva de Cristo, o missionário não é um ser diferenciado. E o fardo do cristão não deve ser demasiadamente pesado, cada um tem seu dever no cumprimento da Grande Comissão; Cristo prometeu aliviar o nosso fardo, mas continuamos debaixo do seu jugo suave. Ele é o Senhor da seara! 


É Deus quem trabalha nos corações e nós só precisamos estar com nosso coração aberto para Ele nos moldar. Antes de alcançarmos vidas, precisamos ser alcançados por Ele e estarmos sensíveis para entender como podemos participar do que Ele está fazendo. Uns vão investir toda a sua vida no Ide, outros vão investir alguns dias, meses, algumas horas, outros vão investir recursos financeiros e todos precisamos investir nossas orações. Somos um único corpo guiado por Cristo, só estamos bem se todos os membros desse corpo estão bem, nenhuma parte do corpo pode andar sozinha, o corpo de Cristo NÃO É um corpo mutilado por isso faz-se necessário a nossa união. (Ainda nos falta uma coisa...) 


Nenhum missionário pode cumprir a Grande Comissão sozinho e nenhum cristão pode servir a Cristo sem participar da Grande Comissão... o Rei está voltando, esse Rei é grandioso e por isso é necessário uma Grande Comissão para anunciá-Lo. Como você tem participado da Grande Comissão? 

Cristo está voltando...



sexta-feira, 30 de junho de 2017

Não, não está tudo normal

 Tornou-se normal ouvir um amigo dizer: 

“Desconsiderem qualquer mensagem ou ligação minha, 

Pois roubaram meu celular.” 

O mundo anda cada vez mais violento, 

A perversidade anda tanta que até as crianças 

Já sabem o que é maldade... 


Cristo morreu em uma cruz para sermos irmãos, 

Mas hoje não existe mais essa tal irmandade. 

Agora é cada um por si, 

Ou você é presa ou é predador, 

Não existe mais isso de amor... 


Não! 

Eu não posso aceitar 

E acreditar que está tudo bem 

Viver nesse mundo desumano. 

Se o pecado está abundando 

Eu continuo acreditando que a graça 

Vai superabundar. 


Se preciso for eu ainda escolho dá mole pro esperto 

Do que dá uma de esperta pegando o que não é meu... 

Eu nunca vou achar normal ver pessoas morrendo 

Por causa da violência que nós mesmos causamos. 

Não! 

Não está tudo normal. 


Não quero ser movida pelo medo, 

Andar desconfiando de todos pela rua 

E muito menos me acostumar com esse lance de “menores infratores”. 

Isso não pode ser normal. (Pode?) 

Se não posso mudar o todo, 

Pelo menos, em mim vou manter acesa a esperança 

Que dias melhores virão! 


O amor está esfriando... 

Mas em mim eu quero mantê-lo sempre aquecido. 

Se há rumores de guerras por toda parte 

Em mim continuará prevalecendo 

A paz que excede todo conhecimento. 

Vou seguir levantando a bandeira da paz! 


Se tudo caminha para o caos 

Eu vou seguir na contramão. 

Aprendi que devo viver pela fé 

E trazer sempre a memória o que me dá esperança. 

Minha esperança está firmada em Deus. 


Eu estou caminhando por aqui, 

Porém meu lar não é aqui. 

Tudo isso um dia passará... 

Mas a esperança que carrego 

Almeja o que está por vir. 

(Cristo em breve voltará e me levará para o meu lar!)

 

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Je crois, I believe, eu acredito.

Je crois, 

I believe, 

Eu acredito. 

Acho que essa se tornou a frase mais frequente em meus pensamentos 

E nessa ordem porque estou tentando pensar em outros idiomas. rs 


Tem momentos que fica tudo meio confuso, 

Não sei direito nem o que pensar, 

Muito menos o que fazer. 

Sinto-me levada pelas circunstâncias 

E me vejo meio perdida diante disso. 

Paro, 

Respiro fundo 

E digo pra mim mesma: “Dieu est en contrôle de tout. 

Je crois.” 


Às vezes sou sabotada pelos meus próprios pensamentos, 

Há um misto de sensações que não consigo controlar... 

Ora me sinto confiante, 

Ora me sinto no meio de incertezas. 

Eu sei Quem estou seguindo, 

Em Quem tenho depositado minha fé. 

Mas viver pela fé, 

Às vezes é nível “hard”. 

Não sei muita coisa do que acontecerá, 

Mas confio em Quem está me guiando. 

God knows what He does. 

I believe. 


O que já vivi até aqui me traz confiança, 

Mas a cada novo passo que dou 

É um novo desafio. 

Eu não controlo nada. 

E isso é tão apavorante 

Como também é reconfortante.   

O que pra muitos pode parecer loucura, 

Pra mim é confiar no poder de Deus! 

Ele é fiel. 

Eu acredito 

E por isso continuo seguindo...   


Deus está no controle, 

Ele sabe o que faz, 

Ele é fiel... 

Je crois, I believe, eu acredito.



"Mesmo sem saber como Tu dirás 

Dentro de mim reinará a Tua paz 

Que me faz saber 

Que esperar em ti 

É sempre caminhar"

(https://www.youtube.com/watch?v=Q9RkoxHPh40)

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Calmaria na tempestade

Eu estava aqui pensando como eu ficaria se estivesse no meio de uma tempestade, mesmo sabendo que Cristo também estava ali. Cristo estava tranquilo, no meio da tempestade, Ele vivia a calmaria... Mas seus discípulos não! (Marcos 4: 37, 38). 

Nós somos como os discípulos, é só o mar se agitar que começamos a nos desesperar... Mesmo sabendo que Cristo continua no controle de tudo! Uma palavra Dele é suficiente para as tempestades recuarem seu furor; mas, talvez, a tempestade não cesse tão rápido assim. (E isso realmente é motivo para não vivermos a “calmaria”?). 

Durante as tempestades que nos alcançam na caminhada, talvez, Cristo queira nos ensinar a descansar, a viver a calmaria apesar das circunstâncias... Ele nos é suficiente! Ele é mais do que bens materiais, Ele é mais do que nossa vida cômoda, Ele é mais do que o ar, o vento, a tempestade. E enquanto nosso foco estiver nas circunstâncias não conseguiremos aproveitar a companhia Dele em nosso barco. Ele está conosco e isso sim é suficiente (e deveria ser o mais importante também). 

Se enquanto eu controlo meu barco e o vento está ao meu favor, eu sigo confiante; contudo eu me desespero ao perder o controle ou diante de circunstâncias desfavoráveis... Isso comprova que ainda ando por vista e não por fé. (“Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos." Hebreus 11: 1). Eu devo seguir confiante não porque tudo está acontecendo conforme eu desejo e sim porque eu sei em Quem tenho depositado minha esperança. 

O evangelho não diz que teremos o controle de tudo, muito pelo contrário... Viver com Cristo é saber que realmente não temos o controle de nada, mas Ele tem! E Ele está conosco TODOS os dias. E ainda assim, de vez em quando, Jesus volta a nos perguntar: "Por que vocês estão com tanto medo? Ainda não têm fé?" (Marcos 4: 40). 

Viver por fé é um desafio diário. Então, que possamos, diariamente, lembrar que quem está conosco no barco é simplesmente Aquele que tem TODO PODER. Por que se apavorar? (“Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês.” 1 Pedro 5: 7)



segunda-feira, 15 de maio de 2017

Dia das mães

Durante anos eu acordava, ia até a cama de minha mãe, deitava em cima dela, a abraçava, a beijava e cochichava em seu ouvido um simples “feliz dia das mães”. Nem sempre tinha presente, nem sempre tinha um belo almoço; mas sempre tinha ela e por isso era feliz o dia das mães...

Nenhum presente que eu comprasse transmitia a importância dela na minha vida, não havia comemorações a sua altura (mesmo que fosse uma festa luxuosa, apesar de eu nunca ter tido dinheiro para isso). O importante mesmo sempre foi a nossa presença (minha mãe, eu e meus irmãos), estarmos juntos, demostrando o amor nos simples gestos, nos detalhes do dia-a-dia e não apenas no dia das mães.

Ela sempre dizia: “Eu só quero de vocês é respeito e obediência...” Ela nunca precisou pedir amor porque sempre existiu amor entre nós; sempre foi recíproco, intenso, forte, real... Quando nascemos corta-se a ligação física existente no cordão umbilical, mas nasce uma ligação ainda mais forte que nem a morte é capaz de romper.

Hoje (14/05/17) meu dia das mães foi diferente. Um pouco após acordar percebi que começava a chuviscar, o dia nascia meio nublado, suas cores não estavam tão vivas. Na verdade, tudo em volta estava meio cinza, mas em minha mente as lembranças com ela estavam vivas e coloridas.

52 dias atrás ela estava aqui, mas hoje não está mais. Até para parabenizar algumas mães hoje pelo seu dia foi difícil; afinal esse dia era pra minha mãe, o sentido desse dia era tê-la aqui comigo...

Apesar do dia hoje ter sido meio vazio sem minha mãe, as lembranças que vêm em minha mente são belas e alegres. Desde que nasci, em todos os dias das mães, eu estava com ela, eu sorria com ela e pra ela. E tudo que vivemos durante esses anos não será esquecido, afinal já está na minha essência. Como uma amiga me disse: “há muito da minha mãe na minha essência...”

No dia das mães sempre tentamos agradar mais nossas mães (porque fazer isso o ano todo é difícil hein... rs) e só por tê-las conosco é motivo de agradecermos. Hoje, mesmo sendo um dia saudoso pra mim, sou grata a Deus pelos anos em que pude estar com ela, tentando ser obediente e respeitando-a... Anos que pude desfrutar do seu amor!

Eu já tinha tentado anos atrás pensar como seria minha vida sem minha mãe; eu sempre cortava esse pensamento pedindo a Deus que, se possível fosse, esse dia nunca chegasse. Hoje esse pensamento o qual eu tanto evitava é real, ela não está mais aqui, Deus a levou...

Era difícil imaginar a vida sem ela e é ainda mais difícil viver sem ela. Nunca estamos prontos para dizer “adeus”, mesmo sabendo que isso faz parte da vida aqui... Adeus significa uma separação física, contudo a minha ligação com minha mãe era muito mais do que física; o laço que nos unia ainda existe e transborda em mim através da saudade. Posso dizer também que "adeus" significa ser no tempo de Deus e sei que no tempo Dele estarei novamente com ela na eternidade!



sábado, 29 de abril de 2017

Ele se foi...

Tenho a impressão que se eu fechar os olhos, 

As coisas vão mudar 

E o tempo vai voltar... 

Ele ainda estará aqui, 

(E ela também). 


Mas abro os olhos e percebo que não 

Ele também se foi... 

Mesmo sabendo que ele estava doente e muito debilitado 

Essa certeza de que ele se foi é estranha. 


Minha mente volta ao passado, 

Lembro-me de quando ele me carregava na cacunda, 

Quando jogávamos dominó, baralho 

E das crises de risos quando fazíamos “guerra de cócegas”. 


É verdade que nem tudo foi sempre bonito, 

Existe uma lacuna de lembranças 

Quando penso na minha pré-adolescência até a vida adulta. 

Sua presença foi meio ausente... 


Na infância ele sempre foi meu herói 

E na adolescência ele me fez perceber que não somos perfeitos. 

Ele estava preso ao vício do álcool 

E isso fez nossos momentos juntos diminuir... 

Foram anos, mas o tempo é relativo. 


Eu prefiro contar a vida pelos momentos que vivemos 

E não pelos que deixamos de viver. 

Por isso os momentos que tenho são da infância 

E os de agora, depois que ele deixou de beber. 

Eu já era adulta, mas ele continuava dizendo que eu era sua criança. 


Sempre que eu chegava tarde 

Ele estava no ponto de ônibus me esperando. 

Ainda posso ouvi-lo falando todo orgulhoso de sua filha engenheira 

Ou reclamando comigo do horário que eu ia chegar em casa. 


Em suas últimas semanas, eu estava com ele. 

Agora ele não mais me carregava, 

Mas eu o ajudava a caminhar. 

Ele não me esperava no ponto de ônibus, 

Mas em um quarto de hospital... 


Ele se foi... 

Mas continua em mim. 

No meu jeito zueiro de ser, há muito dele. 

Essa veia característica que há em minha testa 

Está em mim, mas é dele e não minha. 


Desde de criança 

Eu implicava com o seu cabelo branco, 

Com o seu bigode... 

Ríamos. 

Hoje essas implicâncias não fazem tanto sentido, pois ele se foi. 


Nós caminhamos até a janela do quarto, 

Eu o ajudei a sentar-se um pouco 

E por uns instantes observamos a vista da Lagoa 

Enquanto ele pegava um pouco de sol.  


Última lembrança, 

Último momento, 

Última conversa, 

Últimos risos. 


Minha mãe sempre me dizia que ele chorou quando eu nasci 

E eu chorei com sua partida... 

Agora ele não está mais aqui, 

Mas continua e continuará presente em mim!


sábado, 1 de abril de 2017

Ela se foi...

Ela se foi
E em tudo ainda faz-se presente.
Foi tão rápido e inesperado...

Não há um vazio em mim,
Pois estou repleta de momentos com ela.
Momentos que não foram só de alegria, mas houve muitos sorrisos...
Ela sempre, sempre estava presente.

Se me olho no espelho,
Vejo traços dela.
Essa pinta em meu rosto nunca foi minha
Sempre foi dela.

Em cada canto da casa
Há uma lembrança dela...
Há muito dela em mim e em tudo!
Ela não deixou lugares vazios, mas repletos de lembranças.

Eu não vou mais ouvi-la perguntar
Se já almocei, se comi feijão, se vou demorar pra chegar em casa...
Ela não irá mais me levar ao portão
Eu não a pedirei a "bença" e nem a beijarei mais antes de sair, 
Antes de dormir, diariamente.

Não vou mais vê-la
Sorrindo, cantarolando, triste, preocupada, contente...
Não a verei mais,
Não aqui, nesse mundo efêmero.

Deus a levou.
E Ele fez do jeito que ela desejava,
Sem dor, de forma rápida e em um dia tranquilo.
Ela se foi, mas sempre será lembrada.  

Sei que Deus está no controle de tudo,
Sei que um dia a encontrarei na eternidade.
Mas hoje, amanhã, depois...
Minhas lembranças continuarão carregadas de saudades dela.